Valores perdidos
Minha infância foi em Corumbá-MS, onde nasci e vivi, era repleta de brincadeiras como “pega-pega”, “amarelinha”, “passa anel” “peteca”, “roda” e várias outras que cercavam as crianças da época. Lembro-me que havia uma inocência no brincar em que a amizade e o respeito eram valorizados.
Esse respeito estava presente, também, na minha relação com meus pais que era muito boa. Brincávamos, conversávamos, mas quando chegava visita, não podíamos entrar no meio da conversa, entrar na sala jamais era permitido, caso desobedecêssemos, éramos colocados de castigo, além de levarmos algumas palmadas.
Na minha época, a sociedade era tranquila, não havia brigas, rebeldias. A sociedade vivia em harmonia. Isso devido aos cuidados dos pais ou responsáveis, pois se quiséssemos sair, só podíamos acompanhados da mãe ou do pai. Andar sozinho era sinônimo de falta de respeito.
Quando cheguei aqui em campo Grande, não tinha prédios, poucas ruas asfaltadas, o bairro onde vivo até hoje, era tranquilo, não tinha muitos bandidos ou qualquer outro tipo de vandalismo. Caminhávamos tranquilamente pelas ruas admirando os passantes e os lugares. Tomar o chimarrão e o tererê nas calçadas era algo mais comum.
Lembro-me de algo que marcou bastante minha vida, foi o dia em que minha mãe morreu. Fiquei muito triste, senti-me mal e cheguei a pensar: “o que seria de mim?”, mas com o passar do tempo superei e hoje ficaram as boas lembranças de quem amo muito.
Diante desses fatos, para mim a vida de antigamente era bem melhor, pois não existia tanta desgraça como hoje, não tinha tanta droga, vândalos, gangues e o estresse da sociedade atual.
Outra diferença está na tecnologia, naquela época era composta por Discos de músicas (os chamados LP’S) e rádios, lembro-me que em casa tínhamos fogão à lenha, o ferro de passar a roupa era aquecido com brasas feitas de carvão. Não tínhamos televisão, geladeira e várias outras mordomias de hoje.
Comparando a sociedade atual e a de antigamente muitas coisas se perderam as pessoas ficaram mais violentas além de fofocas caluniosas. Sou Gilma Flores, tenho 60 anos, nasci em 23 de maio de 1952 e esse é o meu sentimento ligado ao aprendizado dos anos que apesar de às vezes lamentar, alegro-me em ver tudo que posso ensinar e continuar aprendendo.
Aluna:Annie Caroline
Turma: 7 ano B (2012)
Escola: EM Profº Gonçalina Faustina de Oliveira.
Profº Wagner G Lucas