25 de setembro de 2013

A educação no Brasil.

O curso da vida sem intelectualidade


Estupefato, tenho observado a sociedade e percebi que a passividade quanto ao conhecimento vem gerando uma população cada vez mais alienada e ideologicamente massacrada pela minoria.

O filho dá os primeiros passos e imediatamente ganha uma bola de futebol: “Meu filho vai ser jogador, mas se não conseguir, ele arruma qualquer trabalho e assim terá seu ganha pão”. A cultura brasileira não prioriza o conhecimento e não tem ideia de que este aumenta as possibilidades de ascensão social, talvez isso seja a consequência da falta dele. Mas o que esperar de povo com herança marginal?

O que mais aflige, nós educadores, é a percepção do aumento de desinteresse pela intelectualidade entre os jovens e adultos das novas gerações. O que esperar de uma sociedade pouco pensante? As respostas são evidentes, todavia as soluções estão cada vez mais ocultas.

Certo pensador, acredito não haver a necessidade de ser citado, disse que uma sociedade que se encontra em transformação, primeiro precisa se destruir para se reconstruir. Quem sabe ele tenha razão, caso seja verdade, a nossa destruição encontra-se em processo. Só espero que sua reconstrução se faça o quanto antes.

Aguardamos essas mudanças através de políticas governamentais, contudo, do que adianta se o povo não a quer? Milagres são impossíveis. Não é possível conhecimento por osmose ou através de repressão e imposição. Creio que esse processo seja mais lento do que a caminhada da tartaruga em busca do mar profundo.

Então, como acreditar em mudanças? Parece ser algo utópico e desanimador. Faz me lembrar da história do beija-flor que carregava gotas d’água em seu bico com o objetivo de apagar o incêndio da floresta. Onde buscar motivação?Tantas perguntas, algumas se respondem por si só, outras ficam vagando como que um navio fantasma sem porto seguro.

Os gêneros textuais se confundem nesse texto e este exige um desfecho, contudo não há conclusão sem solução. Talvez deva aguardar sugestões, mas passar a bola adiante não demonstra nenhuma consequência, até pode parecer irresponsabilidade. Então o melhor seria deixarmos a vida seguir o seu curso.

22 de setembro de 2013

Texto reflexivo.

                                                          Hipocrisia priorizada


Quero explodir como uma bomba atômica, se possível for, e externar toda a decepção e a angústia que me atormenta e assim aliviar o sentimento de luto que me ronda. O tempo passa, as experiências acontecem (sofrimento e alegrias), mas algo parece insistir no intimo: os incômodos do comportamento humano. O que dizer quando alguém lhe oferece sorrisos amarelos e quiça afirmativas mentirosas a seu respeito?

Isso corrói e me enche de uma nuvem negra a sobrevoar minha mente sem tréguas. As dúvidas, os conceitos e até o próprio caráter demonstram estar em xeque, apenas e exclusivamente por contrariar a hipocrisia social que demonstra um domínio sobre os seres humanos e levando a tristeza àqueles que lutam para dissipá-la.

Certa vez alguém me disse: “Seja falso também como as pessoas, pois é isso que esperam de você.” – às vezes somente essa verdade assume o absolutismo em mim, mas algo no meu ser insiste em não aceitar estas atitudes por demonstrar ser ofensivo, como se um punhal manchasse de sangue todos os meus valores morais.

Certos momentos, essas atitudes nos surpreende e nos leva a refletir a respeito dos valores humanos, consequentemente os questionamentos brotam, em meus pensamentos: Por que as pessoas agem com tanta indelicadeza e depois vêm conversar como se nada houvesse acontecido? Como confiar na índole ou nas reações dessas? Acredito serem retóricas minhas interrogações.

Os valores adquiridos por mim ao longo da minha existência me dão as respostas, mas o mundo persiste em censurar-me e com isso as angústias tomam conta de mim e numa química corporal desregula todos os meus sentidos como a descontrolar minha razão.

Chega de tanta crítica que negativamente me faz sentir como se o poço fosse cada vez mais fundo. “Socorro! Mande-me uma corda!” “Amigos” afastam-se assim empurrando mais ainda para o fundo. A função do amigo não seria jogar a corda? Agora quem são os verdadeiros amigos? Existem? Se tornar mais um? Não quero que isso seja uma verdade para mim.

Então, lutar por um mundo melhor, mesmo que este teime e priorize pela mentira e pela calúnia, é o que acredito e defendo. Sendo assim, o que me resta é adquirir inimigos e desprezo pelos que são hipócritas e detentores da falsidade, mas um dia, talvez, todos possam ser capazes de enxergar o mundo com mais realidade e assim nos unirmos por uma humanidade harmoniosa e fraterna.