30 de junho de 2012

O trânsito violento nas vias brasileira


Trânsito: culpados ou vítimas

O trânsito nas cidades brasileiras tem apresentado números crescentes de violência. Com isso muitos buscam culpados, mas não chegam a nenhum senso comum. Talvez por ser uma culpa coletiva. Falta de educação básica, políticas que não punem e não fiscalizam e uma malha viária deficiente condensam nessa desordem que são as ruas e as avenidas do Brasil.

Esse mal pode ter sua causa na má educação que acomete as famílias que se romperam após a restituição da democracia no Brasil, consequentemente o individualismo se fortaleceu e a ordem baseada nos deveres de cidadania se perdeu.

Outro fator preponderante está na economia crescente e junto um aumento do poder aquisitivo da população e do crédito facilitado fez um aumento considerável da frota de veículos e motocicletas nas ruas sem que as cidades pudessem e possam suportar.

Devemos considerar, também, a ideia existente da certeza da impunidade gerada por um órgão fiscalizador corrupto e ineficiente.

Enfim, a solução está em investimentos e aplicabilidade de leis punitivas e educadoras e, também, a conscientização individual e coletiva de que a infração pode reverter, e quase sempre reverte, contra o próprio infrator.            


Aborto em fetos anencéfalos


Liberdade de decisão

O país traz em sua constituição a liberdade e a igualdade, mas percebe-se que alguns setores da sociedade querem intervir na vontade de cada um criando leis que vedam esta liberdade. Nesse caso, o aborto em fetos portadores de anencefalia que cria ideias contraditórias levando a sociedade a elaborar conceitos egoístas e errôneos.

Por um lado, temos os dogmas religiosos que acreditam terem o direito de interferirem nas decisões de seus seguidores com a falsa ideia de serem responsáveis em protegê-los, mas na verdade, em nome de Deus, pregam uma ideologia em benefício próprio a fim de ajuntarem riqueza e poder.

Em contrapartida a isso, temos a ciência sempre antagônica à religião, que embasada em pesquisas (provas concretas) destrói conceitos que tem como argumentação apenas a fé e o fanatismo.

Todavia o que se deve levar em conta é a vontade do indivíduo, o seu livre arbítrio em decidir o que melhor lhe convém nesse momento, se é certo ou errado, só diz respeito ao cidadão que optou por esse ato. Dessa forma podemos garantir, pelo menos, um atendimento dentro da legalidade, podendo combater a clandestinidade.

Assim fica claro que o povo deve se pronunciar e fazer suas escolhas exercendo sua liberdade de escolha, essa liberdade tão almejada pela sociedade brasileira, e, também, se conscientizar que é pela educação que transformamos e orientamos uma nação e não por imposição de ideologias da minoria dominante e, assim, conquistarmos a liberdade nos atos e não apenas em palavras de uma constituição pouco respeitada e executada.

18 de junho de 2012

Um artigo interessante!

Jornalismo do Deboche

    Muitos leitores perguntam por que nunca escrevo artigos ridicularizando George W. Bush, desancando o governo PT ou ridicularizando as bobagens ditas por algum de nossos governantes.
    Não faço este tipo de colunismo porque é ilimitada a quantidade de bobagens feitas por seres humanos. Estaríamos destruindo todo o papel do planeta se comentássemos cada besteira feita. Depois, o tempo do leitor é curto, um jornalismo construtivo deveria também divulgar possíveis soluções e não ficar somente na crítica dos erros dos outros.
    Leitores são presas fáceis desta forma de crítica jornalística, porque ela insinua equivocadamente que somos superiores aos nossos semelhantes, governantes e amigos.
    Noventa por cento das nossas conversas é para se comentar gafes e fracassos dos amigos, nunca suas conquistas e realizações, por isto nunca sou o primeiro a sair de uma festa de amigos.
    O jornalista do deboche sabe que o sucesso do outro incomoda, e se aproveita disto. O jornalismo do deboche não somente mostra que somos supostamente mais inteligentes do que os que estão no poder, mas tem uma outra coisa “freudianamente” muito importante: mostra que o colunista é mais inteligente do que todos nós juntos.
    Não pelas suas idéias originais, critério único para se medir inteligência, mas pela burrice dos outros que o jornalismo do deboche tem o prazer de desancar. Como o debochador sempre trata do passado, quando os erros já são óbvios e evidentes, ele tem sempre a vantagem da onisciência, algo que o governante não teve na hora da sua decisão.
    Não faço referência àqueles que escrevem uma crítica de forma construtiva, precisamos ser informados das mazelas e erros do governo. Um artigo debochado de vez em quando nos faz rir e permite agüentar o fardo da incompetência alheia. Mas muitos fazem do deboche a sua especialidade, sua razão de ser.
    O jornalismo deve criticar e ao mesmo tempo propor soluções para serem discutidas, inclusive correr o risco de ver a idéia debochada. Só que aí, o artigo teria de ser inovador, competente, criativo, sensato, conciliador, persuasivo e corajoso. A crítica barata é muito mais fácil do que a análise profunda. A análise requer pesquisa, números e estatísticas, o deboche só precisa de uma língua afiada.
    Se você adora o jornalismo do deboche, porque ele é engraçado, lembre-se que você está rindo de si mesmo, e embora autocrítica e umas risadas sejam sadias, limitar-se a isto é dar um tiro no pé. O Brasil está diariamente dando tiros no pé, e achando graça.
    Num congresso de estudantes colocaram-me para falar em penúltimo lugar, e o encerramento foi feito por um profissional do deboche. Ele simplesmente destruiu o meu discurso otimista anterior, dizendo que o Brasil jamais daria certo, de que estávamos condenados pelo gene do patrimonialismo português, que o fracasso estava no nosso sangue, e assim por diante. Para a minha grande surpresa, a platéia simplesmente adorou. Riam a valer, e no final aplaudiram de pé. Inacreditável para mim!
    Se um grande intelectual prevê que o Brasil jamais dará certo, não precisamos nos esforçar. Pode-se justificar o nosso fracasso pessoal, nossa mediocridade individual, como sendo inevitável, é nosso destino. “Não preciso melhorar, a culpa não é minha, a culpa é do Brasil, a culpa é dos portugueses”.
    Muitos de nossos intelectuais jogam para a platéia, curvando-se à força do mercado, um discurso de que jamais daremos certo, quando a função do intelectual seria justamente mostrar as soluções, mostrar o caminho, mostrar o que nós pobres mortais não vemos.
      Onde estão os poetas que antes nos inspiravam e motivavam, onde estão os filósofos que nos mostravam a essência do que está ocorrendo, onde estão os padres com seus sermões edificantes, onde estão os visionários que nos mostravam o caminho? Eles estão presentes como sempre estiveram, mas hoje estão sem platéia, porque o jovem brasileiro está encantado com o discurso do deboche, é sempre mais fácil culpar os outros.
    O jornalismo do deboche é um fenômeno mundial, atingiu até o New York Times. Se acabou acreditando que você é mais competente que Lula, FHC ou Bush, consulte um especialista.
    O mundo não é tão simples nem tão ridículo quando lhe fizeram imaginar. Graças a Deus!
 
                                                                     Stephen Kanitz 



16 de junho de 2012

"Aquele Preto / tão preto!..."



Da escuridão ao incolor


A experiência sem evolução moral não resulta numa sociedade humana harmoniosa, pois a hipocrisia destrói qualquer possibilidade de aprendizado no convívio humano, e ainda, o verdadeiro sábio é o que sabe ouvir, já dizia o grande filósofo, então só se deve querer bondade e sinceridade quem dá o mesmo.

A sociedade, desde seus primórdios, foi moldada em morais proibitivas, condenadoras e carregada de culpas que fez com que os povos criassem falsas ideologias a fim de demonstrar imagens que agradassem a coletividade e muitas vezes reprimindo sentimentos e levando a um relacionamento humano destruidor e materialista.

Esses ideais trouxeram guerras e lutas entre países e até mesmo entre famílias movidas por uma ambição e um orgulho que lhes transformaram em “surdos” que acreditavam serem donos da verdade absoluta. Mas hoje, isso não mudou muito, nações entram em conflitos por crenças religiosas e ideológicas, além de riqueza e poder.

Apesar desses fatos, existem pessoas se movimentando em defesa da paz mundial. Percebe-se que a consciência coletiva esta absorvendo esse ideal e trabalhando para essa transformação global. Campanhas solidárias e atitudes de gentileza e honestidade têm crescido nas diversas sociedades, comprovando essa afirmativa.

Então o melhor caminho para o sucesso e evolução de uma população mundial, está na conscientização cada vez maior de pessoas destinadas ao bem, dar sem benefício próprio, ou seja, a prática do amor puro em sua essência. Só assim sairemos da escuridão e nos transformaremos num planeta incolor.

12 de junho de 2012

O papel do aluno na construção do seu próprio conhecimento.




Atitude transformadora

O aprendiz, em diversas áreas, deve ser um questionador para adquirir uma boa formação, pois a troca facilita a compreensão de mundo, consequentemente, quem indaga aprende mais, por isso aproveitar o educador em sala e nas demais oportunidades assegura que o aluno não tenha dúvidas futuras.

As discussões direcionadas, tão presentes na sociedade em tempos de repressão política, seria uma forma de desenvolver essa troca de conhecimento pouca usada na sociedade atual. A falta de tempo do mundo moderno acaba por sufocar esses debates que, em parcerias com as escolas, contribuiu para o desenvolvimento intelectual do indivíduo.

O papel do educador é de suma importância nesse momento em que o educando se encontra imaturo intelectualmente, mas cabe a esse aluno “sugar” todo o conhecimento intrínseco no professor para que suas construções de mundo sejam moldadas de forma concreta.

Consequência disso reflete diretamente numa sociedade mais justa e igualitária, pelo simples fato de que ler e aprender derruba ao chão o véu da ignorância e com isso a capacidade de eleger melhores representantes governamentais e cobrar seus direitos e executarem seus deveres cidadãos.

Portanto, é preciso mudar essa ideia errônea na educação, de que aprender depende apenas e simplesmente do professor. Isso através de campanhas e divulgações nacionais para conscientização geral da nação.

11 de junho de 2012

Um dos mais belos sonetos brasileiro.

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Versos Íntimos

Augusto dos Anjos

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu no Engenho Pau d'Arco, Paraíba, no dia 20 de abril de 1884. Aprendeu com seu pai, bacharel, as primeiras letras. Fez o curso secundário no Liceu Paraibano, já sendo dado como doentio e nervoso por testemunhos da época. De uma família de proprietários de engenhos, assiste, nos primeiros anos do século XX, à decadência da antiga estrutura latifundiária, substituída pelas grandes usinas. Em 1903, matricula-se na Faculdade de Direito do Recife, formando-se em 1907. Ali teve contato com o trabalho "A Poesia Científica", do professor Martins Junior. Formado em direito, não advogou; vivia de ensinar português. Casou-se, em 04 de julho de 1910, com Ester Fialho. Nesse ano, em conseqüência de desentendimento com o governador, é afastado do cargo de professor do Liceu Paraibano. Muda-se para o Rio de Janeiro e dedica-se ao magistério. Lecionou geografia na Escola Normal, depois Instituto de Educação, e no Ginásio Nacional, depois Colégio Pedro II, sem conseguir ser efetivado como professor. Em 1911, morre prematuramente seu primeiro filho. Em fins de 1913 mudou-se para Leopoldina MG, onde assumiu a direção do grupo escolar e continuou a dar aulas particulares. Seu único livro, "Eu", foi publicado em 1912. Surgido em momento de transição, pouco antes da virada modernista de 1922, é bem representativo do espírito sincrético que prevalecia na época, parnasianismo por alguns aspectos e simbolista por outros. Praticamente ignorado a princípio, quer pelo público, quer pela crítica, esse livro que canta a degenerescência da carne e os limites do humano só alcançou novas edições graças ao empenho de Órris Soares (1884-1964), amigo e biógrafo do autor.
Cético em relação às possibilidades do amor ("Não sou capaz de amar mulher alguma, / Nem há mulher talvez capaz de amar-me"), Augusto dos Anjos fez da obsessão com o próprio "eu" o centro do seu pensamento. Não raro, o amor se converte em ódio, as coisas despertam nojo e tudo é egoísmo e angústia em seu livro patético ("Ai! Um urubu pousou na minha sorte"). A vida e suas facetas, para o poeta que aspira à morte e à anulação de sua pessoa, reduzem-se a combinações de elementos químicos, forças obscuras, fatalidades de leis físicas e biológicas, decomposições de moléculas. Tal materialismo, longe de aplacar sua angústia, sedimentou-lhe o amargo pessimismo ("Tome, doutor, essa tesoura e corte / Minha singularíssima pessoa"). Ao asco de volúpia e à inapetência para o prazer contrapõe-se porém um veemente desejo de conhecer outros mundos, outras plagas, onde a força dos instintos não cerceie os vôos da alma ("Quero, arrancado das prisões carnais, / Viver na luz dos astros imortais").
A métrica rígida, a cadência musical, as aliterações e rimas preciosas dos versos fundiram-se ao esdrúxulo vocabulário extraído da área científica para fazer do "Eu" — desde 1919 constantemente reeditado como "Eu e outras poesias" — um livro que sobrevive, antes de tudo, pelo rigor da forma. Com o tempo, Augusto dos Anjos tornou-se um dos poetas mais lidos do país, sobrevivendo às mutações da cultura e a seus diversos modismos como um fenômeno incomum de aceitação popular. Vitimado pela pneumonia aos trinta anos de idade, morreu em Leopoldina em 12 de novembro de 1914.

O poema acima foi incluído no livro "Os Cem Melhores Poemas Brasileiros do Século", organizado por Ítalo Moriconi para a Editora Objetiva - Rio de Janeiro, 2001, pág. 61.
Obrigado, Luiz Carlos, pela lembrança!




1 de junho de 2012

Possíveis temas da redação do ENEM 2012

     Após algumas pesquisas e apanhado de ideias, muitos profissionais da área  em discussões, chegamos a esses possíveis temas  para o ENEM 2012. Vale a pena se inteirar do assunto e se precaver.



  • As questões ambientais (novo Código Florestal)
  • Violência nas escolas ( Bullying)
  • A violência no trânsito ( Álcool  X trânsito)
  • Comportamento jovem nas mídias sociais
  • União civil entre homossexuais e a criminalização da homofobia
  • Ascensão da mulher no Brasil (mulher na presidência)
  • Tragédia no Japão ( Tsunami, terremoto e desastre nuclear)
  • Copa do mundo e olimpíadas no Brasil
  • Morte de Osama Bin Laden
  • China e a parceria com  o Brasil (economia e ascensão)
  • Censodemográfico 2011
  • AIDS