Onomatopeias
“O povo brasileiro”, expressão pronta e dita por vários políticos em campanhas eleitorais. Venho dizer-lhes o que fazer... O que fazer? Parece que a sociedade conspira contra si. Novela, futebol, Datena, Gugu, Faustão... “Tchu!Tchá!tchá!” e agora um “Encontro”.
A educação onomatopeica presente nas músicas e os poderosos cada vez mais poderosos – “tchu!Tchá!Tchá!” ligo a TV, ouço o rádio – “Ai, ai, ai!” – “tchê! Tchê! Tê, tê. Tê!” o nome de um cantor...?
Livros não fazem parte do “Thu, tchá, tchá” o que fazer? A mídia nos transportou de uma ditadura militar para outra ditadura que não nos permite derrubar o véu da ignorância.
Certa vez alguém me disse o que, hoje, me parece utópico: “A democracia se estabeleceu finalmente no Brasil”. Democracia? Onde há escolhas?
Observo dúvidas e angustias que me assombram: democracia, educação, “tchu, tchá! Tê – rê – rê”, onomatopeias, povo brasileiro. Tantas ideias, mas que para mim, apesar de simples, são pouco compreendidas.
Sou utópico? Sou louco? Radical, talvez? A única certeza existente é que o povo brasileiro precisa mudar seu comportamento, pois se precisamos de mudanças, elas devem partir de cada um: “ai, ai, ai”, “Tchu!Tchá!Tchá!”, “Tê, tê, rê, tê, tê”. Onomatopeias foram criadas quando não havia formas de serem ditas. O povo que não sabe o que dizer.... “tchê , tchu, rê, tê, ai ai ai”...
Uma bela crônica, relatando a realidade da escassez da intelectualidade de nossa sociedade.
ResponderExcluirMozart dizia:"a música vence a pobreza",no entanto, não vejo a possibilidade da pobreza musical de nosso país vencer a pobreza financeira,e abissal da educação,não precisamos de cabresto para sermos mantidos sob controle,mas infelizmente quem não possui esse discernimento, fica a mercê da alienação, vestindo-se com o "véu da ignorância".