27 de abril de 2013

Um crônica, não tão boa, mas.....


Coragem: a verdadeira sabedoria

Existem momentos e sentimentos inexplicáveis, algo ocorreu em minh’alma – “exagero” – Intuição? Não, intuições dizem ser feminino, mas certo cantor da década de 80 disse: “... ser um homem feminino não fere o meu lado masculino”. Coisas que surgem inesperadamente.

Indignação seria o sentimento. Quanta importância! Até recebeu um artigo lhe definindo. Mas os sentimentos são intensos a quem os sente. Ódio, amor, saudade, simpatia, indignação. Voltemos a ela.

Como toda crônica se caracteriza, essa nasceu de uma observação. Uma cena que provocou em mim a necessidade de se expressar e perpetuar o tema. Não cabe aqui citar nomes, pois posso comprometer-me, além do mais o importante, aqui, é o fato.

A partir desse, passei a questionar o que leva as pessoas a se imporem quanto aos seus ideais ou atitudes. Falta de argumentos? Ficará claro ao fim do relato.

Ao ser advertido quanto ao seu procedimento com relação a um serviço executado, o rapaz, como que num ímpeto de “incorporação” alheia, transfigurou seu semblante e como numa necessidade de agressividade disse: “quando puder eu refaço”. Todos ali demonstraram incômodo pela situação, uns cochichavam com alguém ao lado, outros emudeceram, alguns atentaram ao diálogo. Já eu, abaixei a cabeça e como em oração, refleti sobre o que ali estava ocorrendo.

Por que não admitir erros? Por que não ser mais sereno e corrigí-los para que a harmonia se estabeleça? Errar é natural do ser humano. Os antecessores de Drummond morreram pulando de precipícios ao tentarem voar. Antes da roda se tornar redonda, o homem a fez quadrada. Então por que não sermos sábios e admitirmos os erros?

A cena se prolongou por mais alguns segundos, constrangendo e tornando o ambiente desagradável. Ao questionar algumas pessoas, houve a menção de que este certo cidadão estaria apresentando comportamentos agressivos sem explicação visível.

Agora duas perguntas rondam minha cabeça provocando uma segunda indignação: “por que não admitir os erros e corrigi-los? Por que ao percebermos pedidos de socorro nada fazemos?”.

O ser humano é complexo e entendê-lo é um enigma. Chego à conclusão que o certo está na verdade de cada um. Uma verdade nunca é a mesma do outro.

2 comentários:

  1. Achei interessante essa crônica, e por isso resolvi deixar um poema, para que você Wagner possa perceber que sua criatividade é admirável, principalmente de onde surgem suas inspirações para escrever , abordando um tema que gera dúvida e que sempre estará impregnado em cada anônima célula dos seres humanos como uma interrogação, como diria Friedrich Nietzsche: “Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas”, por isso deixo minha opinião por meio de um poema do magistral assim como você: Carlos Drummond de Andrade.

    Verdade

    A porta da verdade estava aberta,
    mas só deixava passar
    meia pessoa de cada vez.

    Assim não era possível atingir toda a verdade,
    porque a meia pessoa que entrava
    só trazia o perfil de meia verdade.
    E sua segunda metade
    voltava igualmente com meio perfil.
    E os meios perfis não coincidiam.

    Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
    Chegaram ao lugar luminoso
    onde a verdade esplendia seus fogos.
    Era dividida em metades
    diferentes uma da outra.

    Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
    Nenhuma das duas era totalmente bela.
    E carecia optar. Cada um optou conforme
    seu capricho, sua ilusão, sua miopia.

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  2. Muito obrigado minha querida. Você sempre tão gentil. Fico lisonjeado com seu comentário e Drumond realmente diz muito nesse poema, como todos os seus poemas. Obrigado mais uma vez.

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