23 de julho de 2013

As mobilizações nacionais.

“Não é por R$0,20”

Num certo momento de euforia futebolística aliada ao domínio ditatorial em fins da década de 1960, o povo brasileiro absorveu o título de “o país de chuteiras” com muito orgulho e comoção, carregando esse nome até a atualidade.

Hoje, o governo vigente, tenta resgatar esse conceito com o intuito de buscar a aprovação da população para a realização da copa 2014 no Brasil, mas como numa estupenda surpresa, o povo reagiu a isso, numa só voz afirmando que o Brasil se orgulha de seu futebol, mas que esse é uma diversão da nação e não prioridade: “Não vivemos de futebol”.

Essa nação cansada de tantas explorações, descaso e corrupção, reivindica o que lhes é de direito: saúde digna; educação de qualidade; liberdade de escolhas; direitos básicos; ir e vir com segurança e respeito; além do fim da corrupção.

Sendo um dos países com maior carga tributária, essa população exige que seus impostos sejam aplicados naquilo que suprem seus anseios e necessidades. “Povo sábio”.

A mídia manipuladora tenta, sem sucesso, desviar e distorcer as informações a fim de associar essas manifestações à baderna, mas ao perceber seu insucesso, passa a dar voz aos manifestantes constatando que suas reivindicações são justas e suas ações pacíficas.

Estávamos adormecidos num comodismo que perturbavam os sedentos por mudanças que acreditavam num povo ignorante e passivo à dominação ideológica. Incluindo-me nesse pensamento, sinto, nesse momento, uma emoção e um orgulho de ser brasileiro e de provar que não perdemos a consciência do que necessitamos para termos um país melhor.

Aliado a isso, percebemos uma atitude estarrecedora de governantes, acostumados à impunidade e a uma sociedade calada, esqueceram seu significado no seio social e do poder do povo. Prefeitos, vereadores, governadores, deputados, senadores e a presidente, todos em ebulição na busca de estratégias políticas e governamentais para acalmar os ânimos, mas ainda sem êxito.

Que estas manifestações sirvam para trazer à tona o compromisso social de cada um e juntos transformarmos o nosso país num lugar justo em que todos possam ser iguais e tenhamos as mesmas oportunidades, principalmente o acesso aos serviços básicos que toda sociedade democrática tem direito: ”Não é por R$0,20. É por dignidade, educação, segurança, saúde, transporte...”.

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