O QUE É UM ARTIGO?
Artigo, segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (1994, p.1 ), é um “texto com autoria declarada, que apresenta e discute idéias, métodos, processos, técnicas e resultados nas diversas áreas do conhecimento ”.
Os artigos contêm comentários, análises, críticas, contrapontos, e às vezes ironia e humor. Há artigos tanto na mídia impressa (jornais, revistas ) quanto em rádio e televisão ( nesse caso, são lidos no ar pelo articulista ).
Como o nome diz, Artigo de Opinião é aquele que exprime a opinião do autor.
Características:
• Texto argumentativo. Argumentação é uma forte característica do artigo de opinião, em que o autor tenta a todo tempo convencer, persuadir o leitor acerca de sua opinião, sua posição. Não há como ficar neutro em um Artigo de Opinião.
• Exprime a opinião, o posicionamento do autor sobre determinado assunto.
• É uma redação geralmente curta cujo tamanho quem determinará será o autor. Para fins didáticos, escolares, cerca de 15 a 30 linhas.
• Normalmente feito em 1ª pessoa, mas também pode aparecer em 3ª pessoa.
• O artigo de opinião é assinado. Observação: Em exames vestibulares e concursos, não se assinada para não haver identificação do candidato.
• As ideias defendidas no artigo de opinião são de total responsabilidade do autor, e, por este motivo, ele deve ter cuidado com a veracidade dos elementos apresentados.
Título.
Assinatura.
Introdução.
Desenvolvimento.
Conclusão.
Procedimento:
Escolher o tema, levantar todos os aspectos sobre o assunto, prós, contras, estatísticas, colher diferentes opiniões, diferentes pontos de vista, buscar informações em publicações. Definir sua opinião sobre o assunto e para qual lado irá pender, qual idéia irá defender.
Aspectos persuasivos são as orações no imperativo ( seja, compre, ajude, favoreça, exija etc.. ) e a utilização de conjunções que agem como elementos articuladores ( e, mas, contudo, porém, entretanto, uma vez que, de forma que etc.. ) e dão maior clareza às ideias.
Lembre-se que o Artigo de Opinião tem o objetivo de contribuir para o enriquecimento cultural, assim, transmite conhecimento, novas leituras de mundo e exige conhecimento e cultura do autor. Quem lê um artigo, quer aprender mais.
Após o término do Artigo, é sempre importante fazer a releitura.
Para uma boa redação:
Coesão, Coerência, Clareza e Concisão.
TÍTULO
Após escolher o tema ( atual, polêmico, de interesse coletivo, discutido na sociedade, que exige posicionamento, opinião formada ) crie um título que desperte interesse e curiosidade do leitor. Coloque-o na parte central superior da folha.
ASSINATURA
Coloque seu nome completo após o título na parte direita da folha.
INTRODUÇÃO
Primeiro parágrafo do texto. Exposição do assunto a ser tratado.
Na introdução, não vale ainda opinar, mas apenas situar o leitor no assunto. A introdução não pode ter um parágrafo muito grande, será retomada no desenvolvimento e conclusão.
DESENVOLVIMENTO
No desenvolvimento, você vai poder misturar suas opiniões com os dados que você recolheu sobre o assunto, vai argumentar, expor seu ponto de vista, tentar convencer, sempre com o foco no público alvo, pensando em quem vai ler.
Você pode citar o que já disseram, apresentar estatísticas, se tiver mais espaço e mais tempo para fazer. Caso não tenha, use o que você leu e dê uma cara própria ao texto. A parte do desenvolvimento também pede seu raciocínio crítico. Nunca use a emoção para escrever, sempre seja centrado, não se exalte. A emoção pode comprometer a seriedade que a opinião deseja. No desenvolvimento haverá retomada do título e introdução, de modo a argumentar, ou dar suporte à argumentação.
O desenvolvimento pode ter vários parágrafos, para fins didáticos, de um a três.
CONCLUSÃO
A conclusão é feita em um único parágrafo, com dicas suas para que algo possa melhorar, apresentação de soluções curtas ou para que seja evitado o que aconteceu, pode manifestar seus temores e seu otimismo. É uma nota para o futuro, ainda que, com pessimismo, dependendo do seu humor, mas nunca se exalte, otimista ou pessimista. Na conclusão haverá retomada do título, introdução e desenvolvimento, de modo a concluir, confirmando a ideia principal.
"LEI SECA" OU "LEI TOLERÂNCIA ZERO"?
Cassildo Souza
A Lei n.º 11.705 entrou em vigor e, com ela, nova polêmica: Trata-se de uma norma que vem para tentar diminuir o número absurdo de acidentes que acontecem nas estradas ou, simplesmente, um rigor acima do normal?
A maior preocupação que devemos ter é se o Estado disporá de estrutura suficiente para fiscalizar as operações nas estradas ou se os mesmos problemas de outras épocas surgirão. É preciso, no meu entender, que os encarregados pelos procedimentos não se deixem levar pela corrupção, pelo suborno, pela intimidação política. Isso já um passo na tentativa de encontrar um caminho que amenize o horror rodovias do Brasil.
Quando falo em condições estruturais estou abordando, para ser mais específico, se os equipamentos adequados para as averiguações existirão em quantidade e em conservação necessárias para tal. O bafômetro é a ferramenta inicial, mas os agentes devem ser treinados, orientados da melhor maneira possível para que também não cometam injustiças, como é bastante comum em nosso País.
Não cabe, então, o mérito de saber se a Lei é rigorosa ou está bem elaborada. Uma coisa é óbvia: precisamos diminuir os desastres, muitas vezes decorrentes da falta de responsabilidade, mas o governo também precisa garantir estradas de qualidade para que o objetivo da nova regulamentação do trânsito seja alcançado plenamente.
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